domingo, 29 de julho de 2012

Armas nucleares


Armas nucleares

     Armas cujo efeito destruidor é baseado na radioatividade, propriedade de certos elementos químicos de emitir partículas ou radiação eletromagnética como resultado da instabilidade de seus núcleos. O que torna essas armas especiais é a enorme concentração de energia em pequenos volumes, que pode ser liberada com efeitos devastadores. Para medir a capacidade de uma arma nuclear são usados os termos "quiloton" e "megaton". Um quiloton equivale à explosão de 1.000 t de TNT (nitroglicerina); 1 megaton equivale a 1.000.000 t.

     As armas nucleares são de dois tipos básicos: a bomba atômica ou a bomba de hidrogênio (bomba H). A bomba atômica baseia-se na fissão de núcleos atômicos, processo que consiste em "quebrar" núcleos de átomos pesados e instáveis, como o urânio-235, lançando contra eles partículas atômicas chamadas de nêutrons. Já a bomba H se fundamenta na fusão de núcleos de átomos leves, como o hidrogênio. Para obter a fusão, ou seja, a união dos núcleos dos átomos, é necessária uma quantidade muito grande de energia, que é obtida pela explosão de uma bomba atômica. O resultado é uma bomba mais poderosa.

     Variação da bomba de hidrogênio, a bomba de nêutrons, também baseada na fusão de átomos, privilegia a emissão de radiação por meio de nêutrons rápidos e letais.

   As bombas nucleares - ou ogivas nucleares - são arremessadas do ar por aviões tripulados, na forma de bombas de queda livre, mísseis de curto alcance ou mísseis de cruzeiro. Em caso de lançamentos a partir da terra usam-se mísseis balísticos ICBM, IRBM e MRBM e a partir de submarinos, mísseis balísticos SLBM.

     Projeto Manhattan -A primeira bomba atômica é testada em 16 de julho de 1945 com uma explosão no deserto de Sonora, no estado do Novo México, EUA. Para construir a nova arma antes dos alemães, durante a II Guerra Mundial, o governo norte-americano monta um programa altamente secreto, o Projeto Manhattan. Muitos dos principais físicos dos países aliados envolvidos no projeto passaram a morar e a trabalhar, isolados do resto do mundo, em Los Alamos, Novo México, chefiados pelo físico norte-americano Julius Robert Oppenheimer (1904-1967).

      Hiroshima e Nagasaki -As duas únicas armas nucleares usadas em guerra até hoje foram lançadas contra o Japão pela Força Aérea Norte-Americana. Em 6 de agosto de 1945, durante a II Guerra Mundial, uma bomba explodiu em Hiroshima: numa área de 12 km² houve 150 mil vítimas, entre as quais 80 mil mortos. Em 9 de agosto, em Nagasaki, explodiu a segunda bomba. Elas fizeram dezenas de milhares de mortos imediatamente e ao longo dos anos seguintes. Em poucos segundos, 36.000 quilotons destruíram duas cidades japonesas.

     Arsenais atuais - Até o início de 1998, existem no mundo cinco potências nucleares declaradas - EUA, Federação Russa, Reino Unido, França e China. Os maiores arsenais - tanto de ogivas, como de mísseis e de submarinos nucleares armados com mísseis balísticos - pertencem aos EUA e à Federação Russa, uma herança do longo período de Guerra Fria. Esses países também lideram em número de testes nucleares já realizados.

     Desarmamento-O Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (NPT) é criado em 1968, com o objetivo de deter a propagação de armas nucleares pelo mundo. Em vigor desde 1970, o NPT proíbe as cinco potências declaradas de transferir armas nucleares a países não detentores desses artefatos. Essas nações, por sua vez, se comprometem a não adquirir armas nucleares nem fabricá-las. Atualmente o tratado conta com a adesão de mais de 180 países, incluindo o Brasil, que ratifica o tratado em julho de 1998. Alguns países-membros do NPT são suspeitos de prosseguir desenvolvendo armas nucleares: Irã, Iraque, Líbia e Coréia do Norte.

     Entre os países que não aderiram ao NPT se destacam Israel e os rivais Índia e Paquistão. O governo indiano justifica sua posição afirmando que o NPT é "discriminatório", uma vez que legitima os arsenais nucleares já existentes - sem exigir seu desarmamento - ao mesmo tempo que nega aos demais países o direito de possuir armas nucleares. Índia e Paquistão realizam uma série de testes nucleares subterrâneos em maio de 1998, reprovados com veemência pela comunidade internacional. Com as explosões - cinco da Índia e seis do Paquistão -, as duas nações passam a integrar o grupo das potências nucleares declaradas do mundo.

      A corrida armamentista entre as duas superpotências de Guerra Fria termina de fato com a assinatura dos Tratados de Redução de Armas Estratégicas (Start), na década de 90. Eles prevêem a extinção gradual dos arsenais dos EUA e de países integrantes da ex- URSS que detinham essas armas em seu território (Federação Russa, Ucrânia, Belarus e Cazaquistão). Outro tratado relacionado às armas nucleares, o Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares (CTBT), é criado em 1996. Para entrar em vigor, precisa da ratificação de todos os 44 países com capacidade conhecida de produzir armas nucleares. Até o final de 1997, os únicos entre esses países que não haviam assinado o CTBT eram Índia, Paquistão e Coréia do Norte.

ALQUIMIA


ALQUIMIA

        1.1 O que é Alquimia? 

A palavra alquimia vem do árabe quer dizer (AL-Khemy - A química). Esta ciência começou a se desenvolve por volta do século III a.C. em Alexandria, o centro de convergência da época e de recriação das tradições gregas-pitagóricas, platônicas estóica, egípcias e orientais.

A alquimia deve sua existência à mistura de três correntes: a filosofia grega, o misticismo oriental e a tecnologia egípcia. Obteve grande êxito na metalurgia, na produção de papiros e na aparelhagem de laboratório, mas não conseguiu seu principal objetivo: Pedra Filosofal.

                  1.2 Alquimia: Ciência ou Seita?

Por causa de sua origem, a alquimia apresentou um caráter místico, pois absorveu as ciências ocultas da Mesopotâmia, Pérsia, Caldéia, Egito e Síria. A arte hermética da alquimia já nasceu em lenda e mistério. Mais de dois mil anos antes do início da nossa era, os babilônios e os egípcios, procuravam obter ouro artificialmente, interessavam-se pela transformação dos metais em ouro. Nessa época, prática da alquimia era realizada sob o mais absoluto dos segredos, pois era considerada uma ciência oculta. Sob a influência das ciências advindas do Oriente Médio, os alquimistas passaram a atribuir propriedades sobrenaturais às plantas, letras, pedras, figuras geométricas e os números que eram usados como amuleto, como o 3, o 4 e o 7.

Os alquimistas usavam fórmulas e recitações mágicas destinadas a invocar deuses e demônios favoráveis as operações químicas. Por isso muitos eram acusados de pacto com demônio, presos, excomungados e queimados vivos pela Inquisição da Igreja Católica. Por uma questão de sobrevivência, os manuscritos alquímicos foram elaborados em formas de poemas alegóricos incompreensíveis aos não iniciados.

Além disso, os alquimistas preparavam o ácido nítrico, a água-régia (mistura de ácido nítrico e clorídrico), nitrato de prata, que produz ulcerações no tecido animal, e a potassa cáustica (hidróxido de potássio), que permitia a fabricação de sabões. O sucesso da alquimia na Europa se deve aos árabes que introduziram idéias místicas acompanhadas por avanços práticos no procedimento químico como a destilação e pela descoberta de novos metais e componentes.

                    1.3 Finalidades da Alquimia

A partir das oscuras etimologias, o que pode-se ter claramente, através de uma leitura intrincada, enigmática e carregada de símbolos dos escritos alquimistas, é que as finalidades que perseguis a alquimia resume-se em três fundamentos:  

1-     Transformar  os metais chamados inferiores (principalmente o mercúrio e o chumbo) em ouro ou em prata, metais superiores. 

2-     Preparar uma panacéia que cure as enfermidades humanas, conserve e devolva a juventude e prolongue a vida – Medicina Universal ou Elixir da Longa Vida. 

3-     Conseguir a transformação espiritual do alquimista de homem caído em criatura perfeita

                          1.4 Alquimia Chinesa

            Para os alquimistas chineses, o principal objetivo era atingir a imortalidade. Para eles a não reatividade do ouro era inalterável e, por isso, imortal. Tentavam manufaturar o ouro e esperava-se que dessa forma, poderia ser preparada uma “pílula da imortalidade”.     Acreditava-se também que ingerindo os alimentos em pratos feitos com esse ouro seria possível alcançar a tão sonhada longevidade. Os alquimistas chineses criaram elixires à base de enxofre, arsênico, mercúrio e não obtiveram sucesso em sua busca. Joseph Needham fez uma lista de imperadores cuja morte se pode pensar ter sido causada pelo envenenamento causado pelo consumo desses elixires. Dessa forma, a alquimia chinesa foi perdendo força e acabando desaparecendo com a ascensão do Budismo.


                 1.5 Curiosidades da Alquimia

De todo esse período em que o homem tem buscado riqueza e longevidade, restaram muitas histórias interessantes, algumas das quais merecem ser ressaltadas:

Ø      Da influência alquímica, terminou se originando a palavra  Laboratório: Labor=Trabalho Oratório = local de orações.

Ø      Em função das condenações proclamadas pela Igreja aos alquimistas, durante a Idade Média, o cheiro de enxofre passou a ser associado ao diabo

Ø      Alquimistas faziam suas experiências com enxofre comum, sendo denunciados pelos fortes cheiros emanados de suas casas ou laboratórios, permitindo que fossem facilmente detectados e acusados de bruxaria e pacto com o demônio, pondo fim aos seus  trabalhos. 

Ø      É também digno de registro a criação de Drácula, o vampiro, acusado de obter longevidade às custas do sangue humano. Seu surgimento não passou de uma bem sucedida tentativa para desmoralizar uma ordem mística alquimista, surgida na Idade Média, que trabalhava na obtenção do elixir da longevidade. 

Ø      Importante também, é enumerar as muitas descobertas feitas por  alquimistas em seus laboratórios, nas suas tentativas para atingir a Pedra   Filosofal: Água-régia, arsênico, nitrato de prata, acetato de chumbo, bicarbonato de potássios, ácidos sulfúrico, clorídricos, canfórico, benzóico e nítrico, sulfato de sódio e de amônia, fósforo, entre muitas outras coisas que possibilitaram a evolução da humanidade.

                           1.6 Nicolás Flamel

Talvez, entre os alquimistas mundiais e seguramente entre os franceses, Nicolás Flamel figura como o mais transcendente. Sua história é, simplesmente fabulosa e suas biografias ainda existem em Paris. 

Não existe uma confirmação exata, mas parece que Nicolás Flamel nasceu em Poutoise, ao norte de Paris, em torno do ano de 1330. Seus Pais de origem modesta lhe deram os conhecimentos necessários para que se instalara em Paris como escrivão público. Estabeleceu seu escritório em um modesto espaço de madeira nos arredores da igreja St. Jacques la-Boucherie, onde hoje, dizem que está enterrado com sua esposa Perrenelle (atualmente só se conserva a torre da igreja).

Flamel, provavelmente teve em suas mãos escritos alquímicos para copiar, mas nunca havia despertado interesse pela alquimia, até que um dia, segundo deixou escrito, quando estava profundamente adormecido, lhe apareceu um anjo que sustentava na mão um livro antigo. Flamel - disse o anjo - olhe bem este livro. Você não será capaz de entendê-lo; nem você nem ninguém. Mas chegará um dia em que você será capaz de ver algo que ninguém verá.

Com este sonho e a influencia de alguns alquimistas que foi conhecendo ao passo do tempo, praticou e escreveu muitas obras a respeito de alquimia e principalmente relatos a respeitos de sua busca da Pedra Filosofal.

Morreu em 22 de março de 1418 e sua casa foi saqueada por caçadores de tesouros e gente ávida por encontrar a pedra filosofal ou receitas concretas para sua preparação. A lenda conta que em realidade o casal Flamel e Perrenelle não morreu, e que em sua tumba se encontraram suas roupas em lugar de seus corpos. Um autor renomado como Holmyard escreveu que “segundo se dizem, ambos foram vistos com vida e bem de saúde na Índia três séculos depois de serem dados por mortos”.


A alquimia é um mundo mágico e de muitos mistérios como a química e nós devemos desvendar os segredos dessa ciência que estuda as misturas e combinações, enxergando o mundo com outros olhos!



2. QUIMICA
2.1 De onde vem a química?

A resposta é muito simples: da Natureza. De fato, todos o produtos químicos, sejam os chamados naturais ou sintéticos, são produzidos a parti de matérias-primas encontradas na natureza. Até porque, como dizia Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma. A água do mar, o petróleo, o carvão, a pecuária são exemplos das fontes de recursos básicos utilizados na fabricação dos produtos químicos.

CONCLUSÃO

      A alquimia foi muito importante para o desenvolvimento da química atual, da tecnologia, das nossas vidas. A química não é nada mais do que a alquimia em alguns séculos a trás, só que com mais conhecimentos. Esse conhecimento que a química tem é um dos resultados de estudos de grandes alquimistas.

Alerta de radiação


Alerta de radiação
Torres de celular, de TV e FM
provocam radiações perigosas

Com a grande demanda por celular, cresce o número de torres de radiofreqüência nas cidades brasileiras sem que o país tenha legislação a respeito

Uma das conseqüências do processo de privatização das telecomunicações está no crescimento fantástico do setor e, conseqüentemente, na proliferação de torres de telefonia celular nos municípios brasileiros. O assunto é tão novo que ainda não há estatísticas a respeito. Essas torres estão se somando às de TV e às de rádio FM, transformando a paisagem e o meio ambiente das pequenas, médias e grandes cidades. A maioria das pessoas assimila a presença delas como símbolo de conforto e tecnologia e desconhece os efeitos causados pelo novo "habitante". O setor mais do que cresce: atropela e expande numa velocidade incrível, sem que o Brasil possua legislação para regulamentar a instalação de torres de emissão de radiofreqüência. As pesquisas sobre os índices de radiação dos aparelhos de celular e das torres de radiofreqüência estão apenas começando.

A presença delas significa conforto, modernidade e tecnologia para a comunicação entre as pessoas. Nesse sentido ninguém é contra a presença das torres de radiofreqüência na vizinhança. Acontece, porém, que a chegada das torres de celular também significa ter cuidados, que deveriam estar previstos em lei, diante dos altos riscos que representa conviver com elas. 

Os estudos sobre os efeitos da radiofreqüência no corpo humano e a definição dos índices aceitáveis para as torres e aparelhos celulares ainda são insipientes no Brasil. Não há nenhuma legislação em vigor, nem projeto de lei tramitando sobre o assunto no Congresso Nacional. A única medida preventiva que se tem notícia é uma portaria baixada pela Anatel em dezembro/99, que recomenda a adoção dos limites em vigor na Europa, mencionados na publicação " Guidelines for Limiting Exposure to Time-Varying Electric, Magnetic, and Electromagnetic Fields" (Health Physics, Vol. 74, nª 4, pp 494-522, 1998 - a tradução para o português dessa publicação foi feita pela Associação Brasileira de Compatibilidade Eletromagnética-Abricem, realizada pelo Grupo de Trabalho de Efeitos Biológico dessa entidade). Um consenso mundial sobre o índice tolerável de radiação para o corpo humano não está realmente definido. Atualmente, estudiosos concordam apenas que cada pessoa pode suportar a radiação que varia entre 9 e 40 volts/metro. Acima de 40 v/m todos concordam que é prejudicial à saúde. Várias dúvidas pairam sobre o tema, inclusive se a radiação tem efeito cumulativo no corpo humano. 

Primeiras ações trabalhistas

No Brasil, as primeiras ações trabalhistas decorrentes dos problemas de saúde causados pela radiação são da década de 70 e foram acionadas por técnicos da Telebrás, que trabalhavam próximos aos transmissores e antenas da companhia. Eles alegavam vários efeitos nocivos e seqüelas, e especialmente, impotência sexual. Desde então, iniciaram-se os estudos no país a respeito e, até hoje, pouco conclusivos. 

Segundo o professor da Universidade Federal da Bahia do curso de Engenharia de Telecomunicações, Roberto Costa e Silva, que leciona a disciplina Propagação de Sinais Elétricos e lida com o tema radiação desde 73, antes da privatização das empresas de telecomunicações, havia praticamente uma companhia telefônica nas cidades e o número de torres era estável. Depois da privatização, várias concessionárias de telefonia móvel e fixa passaram a responsabilizar-se pelos serviços de telecomunicações e o número de torres de telefonia celular disparou. "O brasileiro está tendo acesso ao celular, antes de ter sido atendido pela telefonia fixa. Ou seja, a telefonia celular está sendo usada como telefonia fixa no Brasil. Não há normas para a instalação de torres", explica. Além do problema referente à instalação das torres de celular, o professor também afirma que os aparelhos vendidos no mercado brasileiro não passam por uma avaliação adequada em termos de radiação. O aparelho analógico, por exemplo, é o mais poluente e tóxico. Já os digitais são menos radiativos e causam menos problemas à saúde. Um dos conselhos do professor para os usuários de celular é falar no máximo seis minutos, a cada ligação. "É o tempo médio para o corpo humano assimilar a radiação".

A portaria baixada pela Anatel em dezembro/99 recomenda os índices europeus para radiação permitida às torres e aparelhos de celular. A partir de dezembro/2000 as concessionárias e fabricantes de celular vão ter que medir e informar os índices de radiação. As concessionárias terão de informá-los ao requerer o projeto de instalação das torres. Alguns municípios estão providenciando legislação municipal para disciplinar essa questão. Deve haver uma distância mínima entre residências, escolas, hospitais e as torres. "Certamente há registros em hospitais brasileiros de moradores vizinhos de torres de TV, FM e celular com problemas como dores de cabeça e náuseas", desafia o professor Costa e Silva.

Investir em pesquisa científica sobre a emissão de radiofrequência visando definir os índices de tolerância à radiação brasileiros, é premente. Adquirir equipamentos para medi-los, urgente. É dificil obter a resposta exata em relação ao número de medidores de intensidade de radiação existentes no país. " A Unicamp possui um equipamento desses. A UFBA fêz um convênio com a concessionária Maxitel, que doará um equipamento de medição de intensidade de radiação para as pesquisas e em contrapartida faremos as medições", revela Roberto. Outra providência urgente é a elaboração e aprovação de uma legislação federal sobre o assunto. A regulamentação da colocação de torres de TV, FM e de celular deverá determinar limites, em termos de distância mínima, potência e frequência, em todo o país. "Senão cada município terá de fazer a sua legislação, o que significaria que a qualidade de vida seria diferente em cada cidade brasileira". Em 1991, foram instaladas as primeiras torres de celular no país, na cidade do Rio de Janeiro. Nos municípios de Maringá(PR), Porto Alegre e Campinas há legislação sobre o tema. O Brasil é considerado um dos campeões mundiais em uso de telefonia móvel. Os brasileiros precisam ser informados sobre os efeitos dos celulares. "Tecnologia é bom, mas é preciso saber usá-la", alerta o professor.

Cuidados e conclusões básicas

·       Não coloque o aparelho celular no ouvido de bebês e crianças muito pequenas,
·       Fale durante 6 minutos, no máximo, a cada ligação;
·       Transfira a ligação do celular para o telefone fixo, sempre que possível;
·       Celulares digitais são menos tóxicos do que analógicos;
·       Dores de cabeça, náuseas, azia, problemas de vista e impotência sexual podem ser sintomas de exposição à radiação em excesso. Observe se há torres de TV, FM e de celular perto de sua casa. Consulte um neurologista;
·       A radiação em excesso afeta especialmente o sistema nervoso central e causa a perda da flexibilidade muscular;
·       Não aproxime o rosto do forno de microondas ao abri-lo;
·       Adote uma distância mínima equivalente ao dobro da largura do aparelho de TV, para assisti-la;
·       Não é aconselhável a instalação de torres de radiofrequência (TV, FM e celular) em shopping centers;
·       Escolas, creches, asilos e hospitais não devem ter torres de radiofrequência em suas imediações.
 
Potência de radiação das torres (em média)

Torres de TV - de 1 watt a 50 mil watts
Torres de FM - de 1 watt a 30 mil watts
Torres de celular - de 20 mil watts a 50 mil watts
* As torres são definidas conforme o tamanho da cidade.
* A distância média mínima de uma torre deve ser o equivalente a um raio de 50 metros
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Telefones celulares
um pouco da história e das normas 

O primeiro rádio de comunicação celular entrou em operação em 1928, nos Estados Unidos, e seu usuário foi a polícia de Nova York. O equipamento circulava pela cidade dentro de um porta-mala de um carro da polícia, que também contava com uma antena. Foi um sucesso. Em 1946, a telefonia móvel chegou aos cidadãos americanos, que podiam adquirir o sistema de comunicação móvel. As primeiras normas de proteção em relação à emissão de radiofreqüência no mundo foram implantadas na Europa e Estados Unidos, na década de 50. 

Dos anos 50 até 83, muitos modelos de telefones móveis instalados em carros foram produzidos e consumidos. O primeiro sistema de telefonia celular europeu data de 82, tendo sido a Espanha o primeiro país a fazê-lo. Só em 83, entrou em operação o primeiro sistema de telefonia celular - o "Amps", que ficou conhecido como analógico - nos Estados Unidos. As normas para a radiofrequência foram estendidas e aperfeiçoadas para as torres de telefonia celular e aparelhos celulares. O uso de massa dos celulares nos EUA tem apenas cinco anos. Hoje, são cerca de 95 milhões de aparelhos em operação. As normas atuais americanas determinam que, a partir de 2001, os fabricantes terão de trocar todo o invólucro e antenas dos aparelhos celulares disponíveis no mercado, para evitar os malefícios da radiação no corpo humano. Atualmente, o sistema TDMA-Time Division Multiplex Access é considerado menos agressivo ao meio ambiente e ao ser humano do que o CDMA-Code Division Multiplex Access, um sistema eminentemente militar.